Neste final de semana pudemos assistir a pré-inauguração do estádio do Maracanã. Um show com vários artistas, contando com a presença da Presidente Dilma Rousseff ao lado do governador Sérgio Cabral Filho. Como não podia faltar, o ex-presidente Lula estava presente ao lado de Dilma. Lula é uma mala sem alça, não sabe se portar como ex-presidente, sentado ao lado direito da Presidente (como o Filho ao lado Pai na tradição cristã), intencionalmente ou apenas por não estar portando seu 'desconfiômetro', procura tirar o brilho da Presidente. Coube ao câmera da Sportv escolher ângulos que não pegassem os dois na mesma imagem, o que fez com sucesso.
Este espetáculo foi direcionado apenas aos trabalhadores da reforma do Maracanã e seus familiares, gostaria de saber de quem partiu esta preciosa ideia, acredito não ser eleitoreira, sinceramente uma grande ideia. De vez em quando o Brasil pensa. O estádio ficou bacana, bonitão, show de luzes, telão hd, cobertura que alcança quase toda a arquibancada... A grama parece ter sido uma espécie também plantada em estádios europeus, dizem que a bola rola mais leve com esta grama e Ronaldo confirmou no jogo e no intervalo esta veracidade, a bola estava rolando.
De fato a bola rolou, embora os craques já estejam maduros para o esporte, foi bem melhor que assistir a um jogo da seleção, havia tática, havia posicionamento, enfim, quem sabe, sabe. Para mim, a maior jogada, entre muitas, (foi um espetáculo), foi quando Júnior com 59 anos mata a bola no peito e desce a menina nos pés sem maiores esforços. Matar a bola é isso, ela se aquieta nos pés do craque já que está morta. O que se vê hoje no Brasil é bola que resiste ao ato de morrer, bate na canela do jogador e espirra para qualquer lado.
Enfim, grande festa, o estádio merece, foi palco de grandes jogos, vitórias e decepções como deve ser todo palco onde abriga da comédia à tragédia e todo o mais arco-íris de emoções que o futebol proporciona. Apenas verifiquei um problema para depois da copa de 2014, no novo Maracanã a platéia fica separada do gramado e bancos dos técnicos por apenas uma baixa mureta facilmente escalável, ao estilo europeu, e como todos sabemos no antigo Maracanã havia um fosso neste lugar não sem razão. O torcedor brasileiro no calor da batalha tem o costume de invadir os campos, quebrar as grades, escalar os muros e até que aprendamos um pouco da ética de convivência social esportiva, teremos na minha opinião que fazer do novo Maracanã apenas palco de amistosos.
A. F. para a Folha da Jabuticaba.
