SER INUMANO


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Arouca, jogador do Santos foi chamado de "macaco" no estádio Romildão em Mogi-Mirim, como já havia sido ofendido o volante Tinga do Cruzeiro em Huancayo, Peru, em jogo da Libertadores, como também o árbitro gaúcho Márcio Chagas da Silva, de 37 anos, que afirmou ter sido vítima de xingamentos durante a partida entre Esportivo e Veranópolis, no Estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, e encontrou bananas que foram depositadas sobre seu carro já depredado.

 

Este tipo de ofensa entre outras, demonstra como o animal ser humano se encontra estagnado em uma fase irracional evolutiva, rosnando e babando contra seus pares, mostrando seus caninos mal escovados em atitude sem paralelos na bela natureza. Somos realmente únicos, podemos nos gabar disto. Sempre duvidei da propaganda exagerada de nossa racionalidade e a cada dia que passa mais admiro um cavalo, um boi, um cachorro, um eucalipto, uma quaresmeira, uma pedra que meu pai guardou na gaveta...

 

O mundo e principalmente o Brasil, acham que as leis modificam as pessoas pelas penalidades que elas (leis), impõem, mas é ilusão. Primeiro porque até se aplicar uma lei no Brasil a barba do ofensor já cresceu e até virou ninho de passarinho e segundo porque o que modifica o homem chama-se educação e não lei. Getúlio Vargas já dizia, lei, ora a lei!

 

Primeiro temos a família que nos educa, mas se a família falha, ainda há um recurso, a escola. Teríamos assim que iniciar uma educação no maternal (porque burro velho não pega marcha e para ofensas dos tipos supracitados, quatorze anos é burro velho), onde a ética, o respeito, a honestidade, a gentileza fossem as principais matérias a serem ensinadas e praticadas no dia a dia e assim continuar pelo pré-primário, primário, ginásio... Matérias como português, matemática, história e todas outras seriam secundárias porque não há lógica colocar bons livros dentro de uma caixa podre.

 

Quem sabe? E se desse certo, então poderíamos olhar nos olhos de um passarinho, de uma lebre, na copa de um belo jequitibá, de um ipê e nos sentirmos orgulhosos por sermos do mesmo porte, por estarmos no mesmo grau de educação.





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