CASABRANQUENSE DE CORAÇÃO RECEBE PRÊMIO MÁXIMO DA 'CENTRAL DO OUTDOOR'

Leonardo Azevedo (Leonardo Fonseca Marcondes do Amaral Azevedo), formado na E.S.P.M. (Escola Superior de Propaganda e Marketing), filho de Alexandre Azevedo e Sandra Fonseca Marcondes do Amaral Azevedo, neto do querido e saudoso Ary Marcondes do Amaral e Dona Lídia Fonseca Marcondes do Amaral, Dona Lili, casabranquense de coração, admirador de nossa cidade, pela qual nutre muito carinho, sempre presente nos finais de semana (quando o trabalho lhe permite), onde desfruta com seus amigos da noite e das madrugadas, inclusive fotografando a nossa bela Praça da Matriz, demonstra por mais esta premiação, todo seu talento profissional, já reconhecido no meio profissional e por todos que o conhecem.

A Folha da Jabuticaba sente-se orgulhosa em poder noticiar este grande feito, que com certeza demonstra à nossa querida Casa Branca, mãe de tantos ilustres filhos que brilham por todos os cantos de nosso planeta, que suas sementes já brotaram e estão dando frutos. 

Agora deixemos que o premiado relate sua aventura profissional.




Boas idéias (e prêmios) não surgem do nada

outdoor plantado




Por Leo Azevedo

Recém chegado de um feriado em Belo Horizonte, recebi um convite para a cerimônia de premiação da Central do Outdoor - entidade que congrega as principais empresas ligadas ao serviço de comercialização, instalação e produção de outdoors - e que premia anualmente os trabalhos que mais se destacam nessa modalidade. Fui informado também que estávamos recebendo o convite porque éramos um dos finalistas do prêmio.


Já haviam passados alguns meses desde que inscrevemos neste prémio a peça "Bons negócios brotam da terra". E que havia sido veiculada em maio de 2012, durante a Agrishow em Ribeirão Preto.


Diferentemente da capital paulista onde o uso de espaço público para veiculação de mensagens publicitárias é altamente controlado - para não dizer proibido - no resto do pais produtos e serviços são anunciados livremente em outdoors, relógios, abrigos de ônibus e o que mais as empresas responsáveis pela instalação e produção desse tipo de mídia oferecerem para as agências de publicidade.


Durante a maior feira de agronegócios da América Latina, por exemplo, há uma demanda enorme por serviços de publicidade em torno do evento. E uma das maneiras mais eficazes de se comunicar algo para um público específico continua sendo escrever uma frase de efeito em estruturas de no mínimo 27 metros quadrados espalhadas ao longo das principais avenidas da cidade. Quem anda por Ribeirão Preto às vésperas da  Agrishow tem a sensação de que a cada esquina uma empresa te convida a visitar seu estande na feira.


Foi então nesse contexto que eu e o redator Erick Mendonça recebemos a tarefa de criar uma peça de mídia exterior diferenciada - poderia ser um outdoor ou qualquer outro tipo de interferência no espaço público da cidade - para o banco Santander, cliente da Talent, agência na qual trabalhávamos na época. Com um estande montado na Agrishow, o banco ofereceria créditos e financiamentos especiais, entre outros produtos, para profissionais da agropecuária que visitassem a feira. Divulgar essa informação de maneira criativa e eficiente era tarefa nossa.


Depois de algumas idéias apresentadas, um outdoor que passasse a impressão de estar brotando da terra foi a que mais agradou o departamento de marketing do Santander. O baixo custo de produção e a simplicidade da peça foram os motivos determinantes para que o banco topasse colocar de pé essa solução. A empresa Unidoor (de Ribeirão), através da 3 Meios (de São Paulo), cuidou da produção da peça, instalado-a à margem da rodovia que dá acesso ao local do evento, bem em frente a uma plantação utilizada como área de test-drive para as máquinas agrícolas à venda na Agrishow.


Durante os 5 dias de funcionamento da feira, o outdoor do Santander foi visto por mais de 135 mil visitantes e com certeza foi lembrado pela maioria devido ao seu formato inusitado.


Situado no bairro de Pinheiros em São Paulo, o espaço reservado para a premiação era suntuoso porém se encontrava quase vazio, visto que eu e meus colegas que representavam a Talent chegamos um pouco antes do horário previsto para início do evento. Em retribuição à nossa pontualidade porém, pudemos ocupar um local privilegiado, bem de frente para o palco. A premiação em si demorou um pouco para começar pois um dos finalistas, que veio de fora de São Paulo, estava num voo que atrasou. Entre pousar em Guarulhos e adentrar o recinto, nosso viajante levou pouco mais de uma hora percorrendo as ruas da cidade na hora do rush. Mas nada que atrapalhasse consideravelmente o cronograma da festa.


Com a premiação já em curso, o mestre de cerimônias passava a anunciar os vencedores da categoria estudantil, que premia trabalhos feitos por estudantes de comunicação com temas ligados a sustentabilidade. O outdoor que inscrevemos concorria na subcategoria Comercial, dentro da categoria Profissional. As outras subcategorias da Profissional eram Ação Social (peças criadas para ONGs ou empresas ligadas ao terceiro sector) e Tema Livre. De modo que os vencedores de Comercial só seriam anunciados depois de todas as outras subcategorias.


E um a um os prémios eram anunciados na sequência que mais contribui para apreensão dos competidores: primeiro bronze, depois prata e por último ouro. Ou seja, se ficássemos com o ouro, só poderíamos comemorar no último instante da cerimônia.


Enfim anunciaram os finalistas da subcategoria Comercial. O nosso estava lá. Era tudo verdade. Agora não tinha mais volta.


– Bronze… Agência Anima Lamps do Paraná, pela peça Delivery! Podem subir ao palco.


Então bronze não foi. O serviço de mesa havia sido sabiamente suspenso durante a entrega dos prêmios e o meu copo de uísque já não era mais um recurso contra a ansiedade. Só restava olhar fixamente para o palco e esperar.


– Prata! Agência Gruponove de Pernambuco pela peça São João Lacta. Parabéns!


Era ouro ou nada.


Bem, o troféu pesa cerca de 3kg, tem o formato de uma cabeça estilizada, com algumas pontas. Confesso que foi pouco cômodo transportá-lo de ônibus até a agência no dia seguinte. Mas é claro que a essa altura eu não tinha a menor preocupação com isso, afinal era o prêmio máximo de uma competição nacional dividindo espaço com meu tênis de corrida dentro da mochila.

Premio Central de Oudoor 2012 -

                               Leonardo Azevedo (no centro da foto)





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