Casa Branca deixa a desejar no tema ACESSIBILIDADE. Leiam o Artigo de Santa Rosa

220px-Wheelchair symbol

Por Folha da Jabuticaba

Foi publicado na Revista “Direcional Educador”, de periodicidade mensal, em sua edição 87, especial do mês de Abril desse ano, que teve por tema “Toda a força para a Inclusão” , artigo escrito por Osvaldo Luiz Santa Rosa. A pedido de Ivanide Moreira, colaborou com a revista como Defensor dos Direitos das Pessoas com Deficiências,  escrevendo o artigo “Inclusão, Cidadania e Horizontes Utópicos”.

Isso se deu, porque já escreveu vários outros artigos em antigos jornais da cidade, e inclusive um deles publicado no Jornal O Estado de São Paulo, na primeira página, em 30 de março de 1997, um domingo. A Câmara Municipal de Casa Branca, com projeto de autoria do Vereador João Osmir Bento, criou, em 29 de Outubro de 2008, a Lei Ordinária n° 2926, “Lei Osvaldo Luiz Santa Rosa”, que estabelece normas e critérios básicos para a promoção de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência, ou com mobilidade reduzida e dá outras providências. Santa Rosa é um defensor dos direitos das pessoas com deficiência.  Mas está cansado, porque ao que parece, tudo parou por aí.

É sabido dos casabranquenses, que Santa Rosa, há 23 anos, em decorrência de um acidente de trânsito, tornou-se portador de deficiência física. Reaprendendo a lidar consigo mesmo, foi submetido a um tratamento aplicado pelo Hospital Sarah Kubitschec, onde tomou ciência de que necessitava, na medida do possível, de autonomia. Santa Rosa faz valer este aprendizado. Aplica a independência que aprendeu como necessidade em sua nova condição de vida. E para usar na prática esta independência salutar, o mínimo de que necessita, é ACESSIBILIDADE.

 E acessibilidade significa não apenas permitir que pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida participem de atividades que incluam o uso de produtos, serviços e informação, mas a inclusão e extensão do uso destes por todas as parcelas presentes em uma determinada população. Mas não é assim que normalmente as coisas acontecem.

IMG 4425

Conversando com Santa Rosa, ele nos narrou algumas dificuldades por que passam os cadeirantes, que são pelo menos 25 em Casa Branca. É preciso para se conduzir a cadeira de rodas, calçadas livres e rampas de acesso construídas com técnicas e normas indicadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas), porque em uma calçada desnivelada, por exemplo, a roda sem atrito vira ao contrário, podendo a cadeira virar!

 Uma coisa tão simples, como uma rampa de acesso aos lugares, em repartições públicas, ou imóveis privados de uso público, precisam ser construídas adequadamente, porque se não estiverem com o grau de aclive ou declive corretos, a cadeira pode empinar.  Para Santa Rosa, somente as existentes nas agências do Banco do Brasil, é que são adequadas, porque para entrar no PPA, onde tem rampa, a cadeira não sobe; em outros lugares nem tem rampa!

 A Igreja Matriz também não está adequada ao cadeirante, já a Igreja do Desterro está, após um pedido por escrito de Santa Rosa. As rampas existentes na Rua da Estação não estão adequadas, a cadeira não sobe! A ABNT indica largura, grau de aclive e declive, coisas simples mas necessárias, porque  qualquer degrau é dificuldade para um cadeirante!

 As pessoas confundem acessibilidade com caridade! Pensam (e falam), que é só pedir para alguém ajudar! Não percebem que o cadeirante é detentor de direitos! Que o cadeirante quer, e precisa, ser independente! É um direito do cadeirante!

 Já cansado de reclamar, sabendo ser taxado de “chato” por alguns incomodados por sua posição de defensor dos direitos das pessoas com deficiências, em um programa de rádio em que foi entrevistado por telefone, Santa Rosa lançou um desafio: que pessoas sem deficiência, subam numa cadeira manual como cadeirante, e tentem andar pela cidade e entrar em qualquer lugar para comprar um sorvete, entrar  na igreja, no PPA, no Posto de Saúde, etc. Será muito difícil!

 Casa Branca precisa realmente promover a acessibilidade das pessoas necessitadas!

Assim, lembrando dos direitos dos portadores de deficiência física, recomendamos a leitura do lindo artigo escrito por Santa Rosa, transcrevendo aqui um pedacinho do mesmo: ‘Vale dizer que esses direitos são conquistas de uma sociedade que, de forma organizada e consciente, vem caminhando democraticamente nesse sentido. Sendo assim, nessas conquistas há que se ter algumas “rampas”, que serão as pontes por meio das quais meus “passos” e os de tantos outros cidadãos alcançarão o que até agora somente nossos olhos perseguem’.





Clique abaixo para ler o artigo publicado por Santa Rosa na revista Direcional Educador



© 2012 - Folha da Jabuticaba - Todos os direitos reservados - © Mac 2012