REVISTA                      Folha da Jabuticaba

Nossa Constituição proíbe a pena de morte e a prisão perpétua. Marquês de Beccaria era contra a pena de morte justificando que morte não é pena, concordo com ele. Morte não é pena mesmo, a não ser que o sujeito fosse castigado após a morte por seus atos criminosos, o que tem validade para certas religiões e filosofias, mas não para um Estado laico como o nosso (faz de conta que é). A prisão perpétua certamente se enquadra para os criminosos  reincidentes, aqueles que quando em liberdade voltam a praticar seus crimes. São incuráveis. Há muitos que se encontram nesta situação como estupradores, homicidas... Quando a sociedade percebe que o indivíduo comete repetidamente o mesmo crime quando em liberdade, o remédio é trancafiá-lo perpetuamente, ou visto de outra forma, afastá-lo da sociedade por tempo indeterminado já que inapto para sua convivência. Fere seus pares repetidamente. A Folha de São Paulo destaca em manchete: "Dirceu recebia parte de propina paga ao PT, afirmam delatores." Parece que Zé Dirceu é um caso claro de criminoso reincidente. Ele fere seus pares, não de forma física direta, mas através de ataques financeiros (entre outros), ao Estado, o que indiretamente ofende toda população brasileira. Não tem capacidade de viver em liberdade, é preciso afastá-lo em definitivo. Temos outros na mesma situação, mas não temos prisão perpétua. Mesmo se tivéssemos, certamente estes crimes financeiros não seriam apenados com ela. Mas é muito bom sonhar que sim.