Bel Abdala poderia ser somente artista, esposa, mãe, ou avó. Por isto já seria merecedora de muitos créditos. Mas não foi assim que viveu nos últimos doze anos, e os enamorados de nossa querida Casa Branca precisam ter conhecimento disto.
Bel não é casabranquense por nascimento. Filha primogênita do saudoso Parra e da querida dona Deolinda, nasceu no município de São Vicente- SP. Em função de seu trabalho, seu pai mudou-se com a família para a cidade de Tupã-SP, onde foi alfabetizada em escola de freiras. Seu pai, ainda em decorrência do trabalho em Cartório de Registro de Imóveis, mudou-se então com a família para Casa Branca, onde se estabeleceu.
Com oito anos, Bel começou a estudar no Grupo Escolar Dr. Rubião Jr, onde fez o antigo “Primário”, e morava na casa que seu pai comprou na Rua da Estação, em frente ao antigo “Cine Central”. Cresceu em meio a uma família amorosa e alegre, com as irmãs Marly, Martha, Mary, e o irmão mais novo Parrinha Jr.
Ao sair da escola Rubião Jr., passou a estudar na Dr. Francisco Thomaz de Carvalho, onde cursou o Científico e o Normal simultaneamente e ainda um ano do Clássico, separadamente. Fez a faculdade em São José do Rio Pardo, que no início era o curso de Desenho, pois sempre gostou muito de Desenho, que depois passou a ser Educação Artística; fez a complementação pedagógica para Educação Artística em Ribeirão Preto, na Unaerp.
Bel começou a namorar seu marido, o empresário Hezlei Abdala, aos dezesseis anos e casou-se aos vinte e três. Lecionou alguns anos, escolheu cadeira em Divinolândia, mas depois que se casou, ao engravidar parou de lecionar. Gosta muito de Artes Plásticas, sempre pintou bastante, sua filha Ana Vanessa e o genro João Pedro e seu filho João Neto e a nora Regiane têm vários trabalhos dela.
Quando ainda namorava seu marido Hezlei que era presidente do Rotary, já participava dos trabalhos dos jovens, como Interact e Rotaract. Como Hezlei era solteiro, Maria Hortênsia e Martha Paschoal (que é sua comadre), foram presidentes da Casa da Amizade na presidência dele, e ela sempre ajudando, aprendeu a gostar dos trabalhos voluntários. E como esposa de rotariano que depois se tornou, acredita em canalizar esforços para que, num movimento coordenado, possa dar o máximo de rendimento aos recursos que se consegue juntar e aos serviços que se possa prestar em caráter de solidariedade.
Foi pensando assim que se juntou a um grupo de dezessete senhoras chefiado por dona Cibele, há doze anos, com um trabalho voluntário em prol da Santa Casa. Cuidavam das roupas, da alimentação, providenciavam o que fosse preciso. Vestiam um uniforme azul e por isso passaram a ser chamadas de “Anjos de Azul”. Foram quatro anos desse trabalho.
Aconteceu nesta época, da Santa Casa passar por uma intervenção e pediram para que ela entrasse provisoriamente com Dr. Sette, até que outro provedor entrasse no lugar do que saiu. Acabou participando da nova chapa e ficou como provedora, acreditando no trabalho que fez por oito anos. Ocorre, que nos últimos cinco anos, não houveram reajustes do SUS e do IAMSP, e entende que não há como administrar sem a injeção de alguma outra verba.
Assim, Bel Abdala, depois de doze anos dedicados à Santa Casa, sente, mas está entregando nosso hospital, nas mãos de quem administra o dinheiro do povo: a Prefeitura Municipal.
Bel Abdala: artista plástica, esposa de Hezlei, mãe de Ana Vanessa e João Neto, avó de Lorenzo e João; e Casa Branca não pode se esquecer de que foi também, exemplo de dedicação, dando de si, antes de pensar em si, por seus doze anos, oito como provedora, dedicados à nossa Santa Casa...isso é GENTE QUE FAZ DIFERENÇA!