Filho de dona Romira Silos de Azevedo e do senhor Alfredo Paulo de Azevedo, batizado com o nome do pai, acabou sendo o “Dinho”. E quem não conhece este destemido casa-branquense?!
Dinho cresceu com seus seis irmãos no Bairro de São João, na casa de seus pais na Praça da Igreja, casa que sua irmã Maria Helena ainda conserva, apesar de morar em São Paulo. Cresceu brincando nas boçorocas das imediações, já que por lá quase tudo era boçoroca, “buracão”- como lembra, subindo pelas muitas jabuticabeiras das chácaras Stefanini e do Mercado.
E jogando futebol. São-paulino roxo, mas em Casa Branca- Guará! Começou a jogar com o senhor Nestor de Freitas, fundador do time. O Guará era do senhor Nestor, que cuidou do time até morrer. “Daí eu peguei a doença dele. Tomo conta do time. Já ganhamos muitos troféus”! Luta pelo futebol, e se comprova isso, com a exposição das taças conquistadas pelo Guará que mantém em sua casa. E ainda exibe com carinho num porta-retrato, uma foto do time onde ele ainda era jogador, com o senhor Nestor no comando!
Mas nem todos que conhecem o Dinho, sabem de sua paixão pelo futebol. E olha, que é difícil um casabranquense que não o conheça! O caso é que ele sempre foi muito querido e respeitado e TEMIDO por muitos, por ser Comissário de Menores!
Dinho foi para São Paulo, morar com seu irmão Tomáz, que era cartorário lá. Começou a trabalhar em escritório de advocacia. Sua irmã Venina também morava em São Paulo e trabalhava em Cartório. Em 1960 seu pai faleceu, e ele voltou para Casa Branca e também começou a trabalhar no Fórum, como Oficial de Justiça, quando o Juiz de Direito era Dr. Cláudio César Machado de Araújo. Pouco tempo depois, foi nomeado Comissário de Menores, já pelo Juiz de Direito Dr. Jacinto Emílio Rocha Brito.
Como homem de confiança do Juiz de Direito, exercia suas atribuições de fiscalizar a entrada e permanência de menores em casas de diversão como bares e cinemas, de maneira impecável. Quantos menores eram por ele impedidos de assistir a filmes proibidos! Deter ou apreender menor abandonado, ou infrator, apresentando-o ao Juiz, ou a outra autoridade competente, às vezes levando-o até São Paulo, de trem, cumprindo suas atribuições de manter a segurança pública, sempre fez com que fosse muito respeitado. Sua perua Brasília era “famosa”! Foi roubada na porta do cemitério! Ficou um ano sem carro depois disso!
Suas atitudes, corretíssimas, fez com que, até hoje, se depare com testemunhos de jovens senhores, que agradecem “por ter tomado conta deles” enquanto adolescentes, ou aqueles que dizem que os pais só ficavam sossegados com sua saída porque sabiam ter o Dinho nas ruas, como agente de proteção da infância e juventude. Foi inclusive, em 2004, homenageado na Câmara Municipal, com o “Diploma de Mérito Comunitário”, pelos relevantes serviços prestados ao Município. Trabalhou no fórum por 48 anos. Está com 72 anos, mas não aparenta!
Permanece conservado, pelos cuidados de dona Neide. Dinho casou-se com dona Neide em 1977, em nossa Igreja Matriz de Nossa senhora das Dores. Na época, dona Neide, que é professora, lecionava em Jordanésia (Cajamar)- SP. Depois veio para Estiva, Lagoa Branca, e Eugênio de Lima, tendo também se aposentado aqui em Casa Branca, no "Grupinho”. Têm dois filhos: Cibele e Gustavo Henrique. Cibele, professora de Letras, leciona Português e Inglês em Atibaia- SP; e Gustavo Henrique, professor de Educação Física, leciona aqui em Casa Branca e também acompanha a Educação Física da ACCPE; como o pai, adora esportes e não gosta muito de viajar. E ainda ficou com o apelido- é chamado de Dinho!
Dinho viaja somente pelo futebol. Uma vez, ainda solteiro, saiu daqui de Casa Branca com amigos, seis num opala, para assistir uma partida do São Paulo contra o Olimpia, em Assunção, capital do Paraguai, pela Taça Libertadores! Só o São Paulo Futebol Clube, para conseguir isso!
O senhor Dinho ainda é um Agente de Proteção da Infância e Juventude. Fazendo parte da diretoria do Lar Irmão Roberto, dá cobertura às crianças da entidade, não deixando de exercer suas funções fiscalizadoras e orientadoras. Aposentou-se como Oficial de Justiça, porque beirava os 70 anos. Ficou até adoentado após a aposentadoria, porque sempre trabalhou com gosto! Ainda nesta última eleição, para prefeito e vereadores, no dia foi chamado para impor respeito onde fosse preciso!
Ah! Se Casa Branca tivesse outros “Dinhos”...
Este é o senhor Dinho...isto é gente que faz diferença!