O Atlético Mineiro é um bom time, ninguém duvida e está numa boa fase, mas nos primeiros jogos o São Paulo conseguiu parar o Atlético deixando a nítida impressão de que seria o time que daria continuidade na Libertadores. Atlético ficaria para trás.
Tudo ia bem até aparecer o experiente jogador Lúcio que já estando com um cartão amarelo, numa jogada que não oferecia nenhum perigo para a zaga São-paulina, levanta vôo como um carcará para fisgar um roedor e atinge com sua chuteira o jogador adversário numa demonstração de total desrespeito ao clube que lhe paga, pois que, após sua expulsão o time São-paulino não mais consegue se organizar. Neste momento inicia-se a despedida do São Paulo da Libertadores deste ano.
O Atlético perde o respeito que tinha pelo tricolor e no último jogo o degola sem piedade.
O que se passa na cabeça de um Lúcio acredito ninguém saiba, até Freud se fosse torcedor do São Paulo ao constatar tamanha idiotice, certamente teria arremessado o jogador janela abaixo com divã e tudo. Certas ações humanas não há psicanálise que desvenda.
Não bastando, para espanto acredito, senão de todos, mas ao menos de uma parcela da torcida São-paulina, a diretoria afirmou que não puniria o jogador responsável pela calamidade, não puniria Lúcio. Ora, se não puniu é porque achou que foi pouco o que o jogador fez e assumiu junto com ele a culpa pela despedida da Libertadores.
Fica a pergunta: Lúcio vale tanto assim?
A. F. para a Folha da Jabuticaba
