No Brasil sempre se ouviu dizer que somente os pobres vão para a cadeia, os ricos se livram de uma forma ou de outra. No caso mensalão não houve prisão de pobres, já que ao ser eleito no Brasil deputado, senador ou assessor destes, pelo salário e pelas vantagens o sujeito passa automaticamente de pobre (se for quando eleito), para rico com certeza. Então pedir vaquinha para pagar dívida de rico condenado é muito engraçado, se não for ridículo e quem doa algum tostão não deve ser bom da cabeça ou é alienado da realidade, mas tudo bem, cada um tem o direito de fazer com seu dinheiro o que quiser, afinal foi ele que ganhou e deve ter ganhado suado e se quiser jogar fora, ou entregar para a malandragem, sem problemas.
Deu na Folha de São Paulo, após receber um ofício do senador Eduardo Suplicy (PT -SP) cobrando explicações sobre as suspeitas levantadas contra as doações para petistas condenados no processo do mensalão, o ministro Gilmar Mendes enviou uma carta ao parlamentar e sugeriu a realização de uma vaquinha para ressarcir "pelo menos parte dos R$ 100 milhões subtraídos dos cofres públicos.
No documento, Mendes diz ter certeza que Suplicy "liderará o ressarcimento ao erário" e comenta que o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, que conseguiu num único dia arrecadar R$ 600 mil, poderá emprestar sua "expertise" para colaborar na recuperação do dinheiro desviado pelo mensalão.
Não sou contrário à solidariedade a apenados. Ao contrário, tenho a certeza que Vossa Excelência liderará o ressarcimento ao erário público das vultuosas cifras desviadas ( ... ) Quem sabe o ex-tesoureiro Delúbio Soares com a competência arrecadatória que demonstrou - R$ 600 mil num único dia, verdadeiro e inédito prodígio! - possa emprestar tal expertise", diz trecho da carta.
