Enviado por Paulo
Parabéns aos Homens! Neste dia 15 de julho é comemorado no Brasil o Dia do Homem. A cada ano a data está sendo mais comemorada apesar de ainda não ser muito conhecida. A maior visibilidade começou em 2009 devido a algumas campanhas publicitárias, iniciativas de entidades privadas de saúde para promoção da prevenção, iniciativas de algumas prefeituras com seus mutirões da saúde e também do masculinismo que volta seus esforços para difundi-la focado na confraternização e melhorias de vida para todos do sexo masculino (crianças, adolescentes, adultos e idosos). Por sua vez, o masculinismo (movimento político-social que luta pelos direitos, respeito, integridade e dignidade do ser masculino), neste ano prefere lembrar a data com reflexões históricas e realizações masculinas, assim como deixar claro que tem postulações e quer conscientizar a desvalorização do homem pelo estado buscando cessar essa omissão, embora algumas ações públicas isoladas ocorram raramente.
Como exemplo das realizações masculinas lembram os muitos que constroem a cada dia a infraestrutura do Brasil. Entre os fatos históricos, citam a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, um feito corajoso e heroico, que desde as primeiras ideias até sua conclusão em 1912 levou mais de cinco mil homens-heróis envolvidos na obra à morte. Igualmente é lembrada a construção de Brasília, hoje uma cidade com mais de 2,5 milhões de pessoas. Contudo, quando foi iniciada era um vazio no planalto central. As condições desfavoráveis com as alegações de jornadas de trabalho excessivas, mínimo de folgas, numa obra contínua, somado ao atraso no pagamento do salário, alimento estragado e outras condições difíceis de suportar ocorridas numa véspera de feriado de carnaval teriam culminado com uma revolta seguida de uma violenta repressão em 1959 até hoje mal esclarecida, que só mostra o desinteresse do governo por todas as causas que envolvem os interesses específicos dos homens.
Essa dura realidade, afirma o masculinismo, ainda é presente em outras profissões preponderantemente ocupada por homens, como os de muitos motoristas que são obrigados a tomar rebites para cumprir jornadas de trabalho absurdas sob pena de serem recusados para o trabalho, fato que espera seja abolido com uma recente (e tardia) lei aprovada para coibir essa conduta. Também esquecidos pelo governo, a construção civil ainda conta com grande número de acidentes fatais, os motoboys por vezes são exigidos a ponto de ter que entregar encomendas abaixo do tempo necessário para um deslocamento seguro sob pena de não serem aceitos, os recrutas das forças armadas que sequer têm o direito constitucional ao salário mínimo garantido, os trabalhadores em minas subterrâneas que arriscam suas vidas sem qualquer política pública de valorização ou os profissionais do corpo de bombeiros que são mal remunerados, embora arrisquem constantemente a vida para o bem da sociedade. Também apontam que nos postos de saúde raramente contam com urologistas e reclamam da falta aprovação da pílula anticoncepcional masculina que propiciaria sexualidade sem gravidez indesejada, como a única ou uma segunda barreira em benefício tanto de homens quanto de mulheres. Embora haja notícia de medicamento eficaz nesse sentido – a baixo custo – já comercializado na China com pleno sucesso, mas que ainda não foi liberado pelas autoridades brasileiras – embora o medicamento foi descoberto em pesquisa trabalhada pelo renomado professor Elsimar Coutinho.
Entre as reivindicações atuais, os masculinistas pedem mais flexibilidade para os pais e avós paternos obterem a guarda e visita dos descendentes propiciando maior integração e isonomia familiar. Em relação à pensão alimentícia pedem para o Judiciário considerar também o princípio da razoabilidade e do poder financeiro atual ao invés do meramente hipotético, sendo insuficientes as duas regras atuais: da mera possibilidade versus necessidade. Lembram também da falta de liberação da pílula anticoncepcional masculina que há mais de dez anos está barrada sem critérios técnicos claros divulgados à sociedade, mostrando mais tratar de mero esquecimento ou preconceito relacionado aos homens, a mesma razão de ainda não ter sido aprovado o Estatuto do Homem, Projeto de Lei nº 5685/2009 em trâmite na Câmara dos Deputados que trata de medidas de saúde relacionadas ao câncer de próstata e segurança com as mesmas medidas protetoras da lei que protege a mulher quando vítimas de agressão doméstica. Questiona-se ainda a falta de campanhas educativas para prevenção do câncer de próstata.
Eles ainda esclarecem que seria muito bom para todos se o Dia do Homem fosse mais valorizado e comemorado, seria uma oportunidade para os pais e avôs confraternizarem com seus descendentes, esposas, amigos e outros familiares, uma chance a mais para o envolvimento familiar, solidificação das relações e para o comércio, a indústria e a economia do país ter um incremento com a venda de presentes e gerar mais empregos; contudo, as autoridades constituídas simplesmente parecem preferir desconsiderar o valor dos homens em todos os assuntos (saúde, segurança, moradia, família, trabalho, direito etc), ou seja, desprezam cerca de 50% da população, até mesmo nos discursos eleitorais não formulam propostas e deixam esse contingente humano totalmente sem as citadas ações positivas.
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