Segundo o site da Uol Educação, Johannes Gensfleisch, conhecido como Johannes Gutenberg, nasceu provavelmente em 1397 e é considerado o criador do processo de impressão com tipos móveis, a tipografia. No início da década de 1450, Gutenberg iniciou a impressão da célebre Bíblia, de 42 linhas em duas colunas. Cada letra era feita à mão, e cada página era montada juntando-se as letras. Depois de prensada e seca, era feita a impressão no verso da página. Gutenberg teria imprimido trezentas folhas por dia, utilizando seis impressoras.
O livro é uma fonte de cultura e informação, além de grande companheiro de todas as horas. Possui a grata propriedade de não quebrar, não travar e mesmo quando molhado, seca e não perde a utilidade. Cada livro tem um cheiro característico que o faz único, pode-se dormir com o mesmo no colo sem maiores preocupações, se cair, ao término do cochilo resgata-se o amigo do chão e tudo volta ao normal.
Pode-se ler com inúmeras intenções, leitura para estudo, onde é necessário muitas vezes grifar o livro (sentindo o grifar como um ato de profanação, pode-se fazer anotações em papel separado), leitura para uma posterior exposição do texto, leitura para decorar uma poesia e em noite estrelada declamá-la para amada debaixo de sua janela (coisa do passado), e muitos outros tipos de leitura, sendo de minha preferência a leitura por puro prazer, apenas por ler, onde não me esforço para gravar nada, nem mesmo lembrar o que li para contar a terceiros, apenas estar ali com o livro na mão sem qualquer segunda intenção. Quando assim leio, imagino que o autor está sentado ao lado de minha cadeira ou cama contando a história para mim, que como uma criança pequena, atentamente ouço e me delicio com a fábula. O gostoso de tudo isso é que conforme a história se derrama em nosso espírito vamos imaginando o cenário com seus personagens a ponto de quando um livro vira filme nos decepcionarmos com o ator, ou porque imaginamos alto e moreno e o sujeito no filme é baixo e ruivo ou qualquer outra característica do próprio cenário diferente do fantasiado. Há livros e histórias mais complexas, há mais simples e lineares e muitas vezes noto que não estou pronto para ler um livro, percebo que preciso de um amadurecimento, algo mais que naquele momento ainda não tenho e assim deixo na estante aguardando a hora propícia chegar.
O que tenho notado nos últimos tempos, para mim decepcionante, é que alguns autores contemporâneos ao que me parece estão escrevendo por páginas e não pela vontade de contar a história. Não sei porque (seria imposição da editora?), o escritor que teria uma linda história em 300 páginas, resolve alongar para 450 que em consequência perde o sabor e parece uma receita de bolo que a cozinheira manda colocar um copo de leite e você coloca um litro, a coisa desanda. Outro problema do nosso tempo é que você não identifica o autor pela sua escrita. Há livros que leio (a história é até legal), que parecem ser escritos por uma máquina, não há alma, não há escritor, sinto-me chupando um pedaço de cana em que o doce caldo já acabou e estou apenas mascando aquele bagaço. Já li críticas a respeito do autor Stephen King (eu gosto muito), mas quando você lê um texto dele você reconhece imediatamente o autor, ele está ali e é prazeroso encontrá-lo e passar alguns dias em sua companhia. Um dos sentidos da leitura é você ter a companhia do autor, sentir que aquele cara vai se hospedar na sua casa por uns dias e depois definitivamente em sua biblioteca. Você passa pela estante e ele está bem diante de seus olhos, imortalizado naquele livro.
Assim é o livro, algo que parece despretensioso, simples, mas que guarda em suas páginas segredos de várias vidas, de várias mentes, tramas e dramas, sangue, suor, lágrimas de tal forma que se um livro criasse vida, sua biblioteca se transformaria em um novo universo e quando abrisse a porta seria levado, arrastado, puxado por inúmeras mãos numa viagem ao infinito onde você seria desintegrado e suas células trocadas por letras, simples letras que unidas formam um novo mundo, um novo ser.