Ontem fui passear no shopping e percebo que eles estão cada vez maiores e mais me canso em dar uma volta completa naquela maravilha das compras, creio, o mais importante templo do capitalismo. O shopping é bom porque todos estão felizes, alegres, caminhando de mãos dadas, senhoras, moças e meninas bem vestidas ou vestidas acompanhando à moda. As sandálias havaianas desfilam muito bem, principalmente se o shopping for em um lugar quente como Ribeirão Preto. Nas regiões mais frias também a elegância não diminui, a verdade é que em uma mulher bonita tudo fica bem e como afirma um amigo meu que não existe mulher feia, que tudo depende da luz, concordo e me calo já que ele é o especialista no assunto, não me atrevo discordar.
Já fui um voraz frequentador de shopping, hoje vou mais devagar, me sento em alguma poltrona macia (há shopping que infelizmente não oferece assento ao mero transeunte), e fico ali observando o movimento. Comprar já não é a mesma coisa, pela internet se compra muito bem e com relativa segurança, os vendedores internautas sérios estão se esmerando na qualidade do produto, na rapidez da entrega e assim o comércio está se espalhando, não havendo necessidade de grandes concentrações mercantis. Mas um shopping hoje não oferece apenas produtos deliciosos aos ávidos consumidores, oferece também bons filmes, teatros com salas de qualidade, transmissão internacional de óperas, restaurantes cada vez mais sofisticados além de um lugar quase sempre tranquilo. Não concordo com os famosos 'rolezinhos', acredito que tudo é uma questão de educação, há uma ética comportamental a ser respeitada, mas esta gracinha é passageira e acho que até já passou, nem os 'rolezeiros' aguentam manter os 'rolezinhos.'
De noitinha voltei pra casa ouvindo a trilha sonora do filme Django do Tarantino, onde Ennio Marricone dá o ar de sua graça e estas músicas me levam ao Cine Central, Popular e Cine Casa Branca com Djangos e Ringos e Dólares Furados e Giuliano Gemma e ao uníssono grito do coral dos assíduos frequentadores quando o filme cortava e as luzes se acendiam: Vitóóóóóório! E percebo como é bom lembrar do bom e paciente Vitório.