O uso de pedras para pavimentar os caminhos do homem remontam aos tempos históricos. Era usado desde os gregos, os egípcios e os chineses. Por falta de tecnologia as primeiras vias eram pavimentadas com pedaços de pedra de todos os tamanhos. Com o domínio da arte de forjar ferramentas, o homem passou a cortar alguns tipos de pedras com maior simetria, que puderam ser utilizadas para diversos fins.
Usando mármore e granito o homem agora podia construir templos, igrejas, castelos e outras edificações. As ruas das cidades recebiam pavimentação a partir do corte rústico do granito, basalto, arenito e outras pedras menos rígidas.
Existem vários exemplos de estradas, ruas, praças e pátios construídas há milênios com estes tipos de pavimento e que ainda hoje servem a população, de forma eficiente e barata. Esses pavimentos de pedra resistiram aos séculos. São o testemunho de uma prática ecológica e eficiente de se urbanizar as cidades e garantir o bem estar dos moradores.
No Brasil, uma dos mais antigos caminhos pavimentos, a Estrada Real, que liga o Porto de Paraty no Rio de Janeiro à cidade mineira de Ouro Preto, construída há cerca de 400 anos, é hoje um dos principais atrativos turísticos daquela região, sendo responsável por movimentar a economia de inúmeras cidades que compõem o entorno da Estrada Real.
Com o aprimoramento das ferramentas e das técnicas de corte, o homem passou a padronizar o tipo de material, para cada finalidade de aplicação. Entretanto, pedras como o basalto e o granito continuariam sendo usadas para a pavimentação, por serem de maior resistência ao desgaste pelo atrito e, portanto, terem um tempo de vida longo, o que justificavam a implantação dos projetos.
Com o surgimento dos britadores e a descoberta do cimento, o homem passou a fabricar outros tipos de pavimentos com o concreto, como é o caso dos diversos tipos de bloquetes, ou aplicando diretamente o concreto na pavimentação.
Com a chegada do petróleo foi desenvolvido o processo de pavimentação com asfalto, que é a combinação do piche e outros subprodutos derivados do petróleo com a mesma brita usada no concreto.
Os relatos históricos indicam que os pavimentos feitos a centenas de anos com pedras sofreram pouquíssimo desgaste até a atualidade, e ainda projetam um prazo indeterminado para o desgaste total dos diversos tipos de pavimentos, executados com as diversas variedades de pedras.
Podemos citar uma infinidade de cidades milenares com pavimentações de paralelepípedos em basalto, granito, arenito e outros tipos de rochas, que são preservadas na atualidade. No entanto vamos nos ater a algumas onde os pavimentos com mais de 1000 anos de idade encontram-se em perfeito estado e parecem ter sido feitos recentemente, como é o caso de:
Capela Sistina em Roma de 1508 a 1512, o calçamento foi feito 20 anos depois;
Coliseu em Roma concluído no ano 37, sem registro do ano do calçamento;
Praça vermelha em Moscou pavimento em pedra feito provavelmente há 1200 anos;
Avenida Damrak centro de Amisterdan pavimento com mais 350 anos;
Arco do Triunfo Paris, calçamento com mais de 700 anos;
Lisboa - Portugal, pavimento com mais de 500 anos em perfeito estado de conservação;
Ladeiras da cidade de Ouro Preto, calçamento feito por volta do ano de 1720;
Praça em Ouro Preto, calçamento tombado no centro histórico.
FOTO DOS CALÇAMENTOS DE CASA BRANCA S.P.
Fonte: http://olhar-urbano.blogspot.com.br/2010/07/as-vantagens-do-calcamento-de-pedras.html