O sabiá-do-campo é uma ave passeriforme da família Mimidae.
Seu nome significa: do (latim) mimus = mimica, imitar; e saturninus = sombrio, cinzento, cor de chumbo. ⇒ Imitador cinzento.
Também conhecida como tejo-do-campo, calhandra, arrebita-rabo, galo-do-campo, papa-sebo, sabiá-levanta-rabo, sabiá-conga ou sabiá-poca, sendo o último nome evitado pelos ornitólogos para não causar confusão com outro sabiá de mesmo nome (Turdus amaurochalinus). O sabiá-do-campo (Mimus saturninus) é uma ave famosa por seu vasto repertório de cantos, que incluem imitações de outras espécies.
Características
Mede 26 centímetros e pesa cerca de 73 gramas. Possui uma coloração cinzenta no dorso, alto da cabeça, asas e cauda. O peito e o ventre são branco-amarelados ou arroxeado pela terra. A listra superciliar branca, destacada pela faixa negra na altura dos olhos é uma característica importante para identificação. Os olhos dos adultos são amarelados, marrom escuros nas aves juvenis, as quais também possuem o peito rajado de cinza escuro. Possui a cauda comprida com as pontas de cor branca.
A vocalização desta espécie é notável pela maestria com que imita os cantos e chamados de outras aves. Voz: agudo e penetrante “tschrip”, “tschik” (chamada característica da espécie); scha-scha-scha”, “krrrra” bufando (advertência, zanga).
Existem duas outras espécies do gênero que ocorrem no Brasil do mesmo gênero, o sabiá-da-praia (Mimus gilvus), que como o próprio nome diz está restrito ao litoral e pode ser diferenciado por apresentar as partes superiores com coloração cinza e as partes inferiores bem claras, quase brancas. A outra espécie é a calhandra-de-três-rabos (Mimus triurus), que é bem mais clara que o sabiá-do-campo, possui as sobrancelhas brancas, assim como uma faixa na asa, que é bem visível quando a ave está em voo, especialmente porque a ponta da asa é negra.