Por Folha da Jabuticaba
Assim ficou conhecido um soldado do exército
finlandês pela sua habilidade como sniper, seu nome, Simo Häyhä. Segundo matéria da Revista Leituras
da História por Wagner Ribeiro, em setembro de 1939 a União Soviética de Josef
Stalin invadiu a Finlândia com 1 milhão de soldados enquanto os finlandeses
contavam com apenas 300 mil, conhecida como a Guerra de Inverno.
Simo enquanto menino era franzino, de baixa estatura, habituado ao trabalho braçal e à caça de animais o que fez dele um homem forte. Em 1925, aos 19 anos serviu ao Exército finlandês, sendo transferido para a Guarda Nacional de Rautjärvi quando passou a treinar tiros à distância com rifle. Com sua dedicação ao treinamento chegou a atingir com facilidade um alvo a 150 metros, 16 vezes por minuto.
Serviu ao exército finlandês como sniper deixando os soldados russos em constante apreensão. Vestindo uma camuflagem branca Simo Häyhä desaparecia no ambiente coberto de neve. Entre as táticas usadas por Simo Häyhä para preservar os esconderijos, estava o uso de miras comuns, em vez de telescópicas, permitindo que sua cabeça ficasse mais baixa e que a luz do sol não fosse refletida pela lente. Häyhä também costumava colocar neve na boca para esconder sinais de sua respiração. Na medida em que cumpria sua missão, sua fama aumentava, passando a ser chamado de Belaya Smert pelos soldados inimigos e Volkoinen Kuolema pelos aliados. O significado das duas alcunhas era o mesmo, MORTE BRANCA.
Apenas em março de 1940, ele foi atingido por um tiro na mandíbula que atravessou seu crânio e quase o matou, mas o Morte Branca carregaria no rosto deformado, as marcas das batalhas, nas quais, em 100 dias de confronto, ele assassinou mais de cinco soldados soviéticos por dia. Em uma entrevista, questionado se havia se arrependido dos assassinatos durante a Guerra de Inverno, respondeu com toda segurança e clareza: "Fiz o que me mandaram fazer e protegi o meu país da melhor maneira possível." Morreu em 1o de abril de 2002, aos 96 anos.
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