Por Folha da Jabuticaba
Hoje às 10:00hs, o grupo que está
mobilizando a população casa-branquense em defesa ao meio ambiente, defendendo
a preservação da Boçoroca Senhor Menino, compareceu no local, onde as obras da
empresa detentora dos direitos de loteamento encontravam-se paralisadas.
O engenheiro da empresa, responsável pelo projeto, tirou várias fotos do serviço realizado, dizendo que a obra era necessária para a segurança do loteamento, mas enquanto aguardava o comparecimento do engenheiro da CETESB, posicionou-se conversando com policiais ambientais também presentes.
O engenheiro da CETESB, que havia trocado o horário de sua presença no local para as 10:00hs se atrasou, e até às 11:00hs não havia chegado até a Boçoroca Senhor Menino.
O grupo em defesa da boçoroca, composto por José Carlos Nogueira-Zé Diáulas, Marcelo Barbosa, Ana Cláudia Costa Zancheta, Joaozinho Zancheta, Ana Laura Costa Zancheta, João Costa Jr., Guto Cossi, Homero Evangelista, entre outros, já com inúmeras assinaturas no abaixo-assinado que está passando pela população, levou ao local Professor Geraldo Majella Furlani, a maior autoridade em boçorocas, que precisamente deveria ser consultado sempre e em tudo que envolva o fenômeno boçoroca!
Professor Majella, comovido com o estrago feito, posto que a nascente lá existente já se encontra coberta após drenagem e colocação de tubulações, sente-se alegre pelo fato de existir na cidade pessoas sensíveis, mantendo um movimento de vigia em defesa ao ocorrido, se manifestando no sentido de que as obras destruindo a nascente e parte da boçoroca não seriam necessárias. Mencionou que a boçoroca poderia ter sido preservada, apesar do loteamento, já que, no estado em que se encontra, calculado com mais de 150 anos, a erosão não evoluiria, por vários fenômenos já ocorridos, principalmente pela vegetação já existente.
Disse Professor Majella: “Este grupo precisa manter este movimento de vigia. O empreendimento não precisa tocar neste restante. Calculamos que neste estado esta boçoroca se encontra há 150 anos. Este é um fenômeno natural, uma transformação do perfil convexo da colina, que se transformou num perfil côncavo, por causa das mudanças climáticas e a forma de escoamento do sistema de água, que quando não consegue mais levar grande quantidade de detritos, cessa a erosão. Já está estabilizada, não progride mais. E a prova mais evidente é a vegetação. Quando a boçoroca estabiliza, com os processos erosivos estanques, a vegetação toma conta!”
Saindo dali, o grupo compareceu na Rádio Difusora local, para esclarecimentos à população, e ainda hoje, às 14:00hs, se reuniu na Praça da Matriz para que o Professor Majella concedesse uma entrevista para o EPTV e de lá seguiram a pé e em carreata até a boçoroca.
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