No edital anterior falamos a respeito do político e sua importância no combate às mazelas sociais e de sua coroação, onde os portões da catedral são abertos para que o candidato enfim seja envergado ao cargo pelo qual se candidatou. Porém há que se prestar atenção naquela figura simples, que como um Quasímodo cuida pela conservação de toda a Instituição política, e se não honrado o cargo pelo candidato eleito, este zelador tem o poder de não mais abrir as portas, negando ao candidato a honraria maior da eleição. Este zelador é o povo, é o eleitor.
O eleitor muitas vezes não tem consciência de sua importância no processo político, assiste como a um espectador de uma peça teatral, esquecendo-se que ele é o árbitro, o juiz, o júri, é ele quem vai analisar o comportamento, a capacidade, a honestidade, a ética e todos os demais requisitos para que dê seu aval, para que diplome o candidato, o faça transfigurar de candidato à mandatário.
Assim, o eleitor deve observar o processo político com olhos profissionais, críticos, olhos questionadores, demonstrando para o candidato que cobrará sua atuação se eleito e não admitirá qualquer tipo de desvirtuação de conduta, afinal, o eleitor é que tem todo o poder. O candidato de nada pode, é figura passiva, que pede, que promete e se compromete, dependente do voto, da aceitação de suas propostas que o eleitor deve analisar e julgar.
Talvez o povo não encontre outro período em que sua importância ultrapassa até mesmo os mais altos tribunais, os mais altos cargos. O eleitor é mais que Rei, é ele que tem o poder de coroar e quem coroa é maior do que quem é coroado, nas mãos do eleitor se encontra a mágica.
Assim, o momento exige do eleitor que levante a cabeça e contemple o horizonte, que assista e acompanhe todo o percurso do sol, do nascente ao poente, que sinta o calor emitido pelos raios e ondas, porque como um dia é percorrido do leste ao oeste e depois tudo escurece, o período eleitoral passa e a expectativa de um novo dia ensolarado só dependerá de seu voto.
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