Em nosso município já se percebe agricultores arrancando pés de laranja, destocando seus pomares, certamente em busca de outra alternativa, posto que, a citricultura parece encontrar-se em crise.
Este problema de nossa citricultura, acontece também em outras localidades, em outros municípios, como em Itápolis, noticiado pelo site G1:
Os produtores protestam contra a demora do Governo Federal em tomar uma medida que evite que o setor se afunde numa das piores crises dos últimos anos.
Os pés estão carregados, mas os tratores e pás carregadeiras entraram sem dó na plantação e arrancaram o que encontram pela frente. Uma cena nada comum no campo principalmente na época da colheita. Como não conseguem vende a fruta para a indústria alguns produtores preferem protestar desta maneira.
Só em uma propriedade no município estão sendo erradicados quatro mil pés de laranja. Dirceu Martin é um dos citricultores mais antigos de Itápolis. Há 35 anos herdou a plantação de 60 hectares do pai. Até a safra do ano passado, vendia em média 70 mil caixas de laranja para indústria. Já este ano, foi surpreendido pela crise do setor e até agora não conseguiu vender nada.
O produtor não sabe como fará para pagar empréstimo bancário que passa de R$500 mil, dinheiro que foi usado na compra de adubo, herbicida e pagamento dos trabalhadores, “Nós estávamos otimistas com a safra deste ano, investimos na plantação, agora não está difícil pagar o banco”, conta.
Os citricultores dizem que a indústria não está comprando a laranja porque os estoques estão cheios. Outra justificativa seria a queda na exportação para os Estados Unidos por causa do uso nos laranjais brasileiros do carbendazin, um herbicida proibido pelo governo americano.
Ocorre que nosso governo demora para notar as crises na agricultura, deixando em segundo plano um dos setores que mais traz divisas para o Brasil. Esta atitude fortalece países como Estados Unidos que são claramente protetivos em sua economia e o Brasil agrícola, uma potência, é tratado pelo nosso governo com descaso.