O Papa renunciou. A notícia deixou muitos dos seus seguidores abalados, outros concordam, enfim, há uma divisão das opiniões ao que parece. Conforme a Folha da Jabuticaba noticiou, é direito de um Papa renunciar, consta no Código Canônico desde 1294, há bastante tempo portanto. O Papa não inova, há precedentes, na antiguidade outros também renunciaram.
O problema maior ao que parece, é que o trono de São Pedro, como é chamado pela Igreja Católica, ocupado pela autoridade maior da hierarquia religiosa, além de ser ofício de Chefe de Estado, já que o Vaticano é um país, é também uma profissão de fé, já que a religião se auto-sustenta através deste sentimento que os olhos não vêem. Assim, há um ditado que foi popularizado e conhecido de que a fé remove montanhas, no sentido de que este sentimento oferece ao crente força para vencer obstáculos, até mesmo os mais difíceis, enormes como uma montanha.
Outro argumento bastante usado nos sermões dos religiosos, quando o fiel passa por problemas ao que a ele parece insolúvel é o exemplo da cruz, onde cada um tem sua cruz para carregar e isto é motivo de orgulho, já que Jesus Cristo também teve a sua, que segundo os evangelhos, carregou até o fim. Inclusive a Igreja Católica sempre festejou os mártires que deram sua vida em nome de sua fé.
Há uma passagem no evangelho onde Jesus Cristo ao orar no Jardim de Getsêmani, suou sangue e água, demonstrando em uma rápida leitura, que ao se deparar em pensamento com todo o sofrimento que lhe esperava naquela noite, sentiu-se profundamente abatido e mesmo temeroso, mas se recuperou e enfrentou toda a trama dolorosa.
No presente caso papal, ele parece estar em perfeitas condições de saúde mental, João Paulo II em sua velhice aparecia e parecia bastante debilitado fisicamente, mas mentalmente saudável e suportou a sua cruz, o seu ofício até o fim. Cada um é um, mas aos olhos de um cristão não estará o papa Bento XVI demonstrando fraqueza em sua fé, derrubando assim um dos pilares de sustentação da religião católica?