A mão é definida resumidamente pela medicina como, extremidade terminal dos membros superiores, formada de carpo, metacarpo e dedos, mas que poder fornece e exerce sobre nós! Conforme informação colhida da revista SuperInteressante, o homem sempre acreditou que existe uma força invisível, capaz de curar graças a um simples gesto ou toque de mãos. O grego Hipócrates, o pai da Medicina, considerava a cura pelas mãos prática natural.
Muito comum em nosso meio que se diga, coloque seus problemas nas mãos de Deus. Daqui, de onde estou, vejo os pais levarem seus filhos para a escola de mãos dadas, também os namorados passeiam com suas mãos entrelaçadas. Quando um casal é visto com suas mãos enlaçadas o gesto indica que entre eles há harmonia. Uma mão que a outra procura é sinal de cura, perdão, paz, candura.
As mãos entrelaçadas são de fato um gesto harmônico, representam as duas faces de todo relacionamento humano, o yin e o yang, duas mãos que formam uma, não se sabendo mais que mão pertence a quem, seus dedos são meus dedos e nada mais resta dos dois, apenas um.
A criança procura as mãos dos pais, segurança, o rapaz busca a mão da namorada, amor, o doente a mão do médico, cura, o agressor a mão do ofendido, perdão, o discípulo a mão do mestre, sabedoria, o horizonte a mão do sol, ocaso, o boêmio a mão da lua, poesia, a alma a mão da morte, liberdade.
Mãos que curam, mãos que acalentam, mãos que enxugam lágrimas, mãos que protegem, mãos que carregam, mãos que lavam, mãos que rezam, mãos que imploram, mãos que partilham, mãos que recolhem, mãos que se juntam na brincadeira de roda, mãos que cumprimentam, mãos que equilibram a primeira bicicleta, mãos que amarram o cadarço, mãos que abraçam, que batem nas costas, que fazem cócegas, mãos que fecham os olhos dos mortos.
As mãos, diga Drummond, entre o cafezal e o sonho, a mão está sempre compondo...
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